POR QUE EU FUI SER FILHO DA MÃE? HOMENAGEM ÀS CRIANÇAS E SEUS PAIS, MÃES, AVÓS, TIOS, TIAS, CACHORROS, GATOS E ETCS
Parece que depois que o bebê nasce vivemos de pequenos grandes momentos que mudam radicalmente de humores em um "plim" e é muito bom ter a certeza do porque você decidiu ter um bebê antes de entrar nesta nova etapa da sua vida. É uma gripe aqui, um vômito, dois, três, uma vacina lá, é colocar roupa demais, de menos, cachorro que late, marido que viaja, que volta (ainda bem), cabelo que resseca, que hidrata, unha que arrebenta, que se revitaliza, amigos que fazem rir, chorar, família, hummmmm, tantas coisas que a essência muitas vezes fica perdida no meio da correria animadíssima do dia a dia. Nós aqui em casa pensamos muito bem, durante 5 anos sobre os porquês (sim/não) e mesmo assim vivemos descobrindo mais e mais razões.
Há não muito tempo atrás, se a mulher queria ou não ter filhos, não era nem sequer uma dúvida. As mulheres se casavam, tinham filhos e pronto. Não tinha nem o que pensar. Silvia Lane descreveu esse núcleo familiar característico como sendo de responsabilidade do pai, o máximo de autoridade, e “[...] da mulher se espera
submissão, cabendo a ela apenas um poder relativo sobre os filhos em suas relações cotidianas”. Esta descrição da típica família brasileira encontra-se em extinção, ou já extinta, em especial nos grandes centros e em classes mais privilegiadas financeiramente. A mudança do perfil do papel social de indivíduos, em especial das mulheres tem como um de seus fatores causadores o perfil de sociedade moderna, onde a competição reina quase absoluta.
submissão, cabendo a ela apenas um poder relativo sobre os filhos em suas relações cotidianas”. Esta descrição da típica família brasileira encontra-se em extinção, ou já extinta, em especial nos grandes centros e em classes mais privilegiadas financeiramente. A mudança do perfil do papel social de indivíduos, em especial das mulheres tem como um de seus fatores causadores o perfil de sociedade moderna, onde a competição reina quase absoluta.
Esta competição acirrada entre as pessoas levou a um reposicionamento do papel feminino. As mulheres conquistaram seus lugares como “pessoas dotadas de vontade própria” e como profissionais do mercado de trabalho, passando a contribuir financeiramente na renda familiar ou até mesmo a assumir completamente a responsabilidade com as despesas do lar. Outro fator que vem com a “deliciosa” adrenalina da competição é que ela, normalmente, não fica limitada ao ambiente profissional. Quem gosta de competir, provavelmente competirá em casa também e a criação dos filhos pode se tornar uma verdadeira disputa de saberes que não levará a mais nada além de uma confusão sem ganhos para a criança. Portanto, novamente me refiro a busca incansável dos fatores motivadores para a gestação, pois filho é uma responsabilidade que, diferentemente da profissão, não podemos desejar um bom final de semana e voltar a ver somente na segunda-feira, porque por mais que você se separe fisicamente, seu coração estará sempre cheio de preocupações por ele.
Então, as mães passaram a assumir essa jornada de trabalho, dividindo a responsabilidade/desejo de “serem Mães” com a necessidade/desejo de possuir independência (financeira, emocional). Estes conflitos irão exercer grandes influências na motivação e no poder decisório para a gestação e futuros cuidados da criança. É por isso que o saber os seus porquês e do seu companheiro (saber isto em conjunto e não cada um os seus) é a uma forma de superação dos momentos em que tudo parece muito difícil, mas quando o bebê der aquela gargalhada de uma bobagem que você fizer, parece que os motivos nem importarão mais e tudo fica bem. Saber os porquês também nos dá a segurança de assumir nossas decisões sem nos preocuparmos em explicar para os demais, porque as únicas pessoas que realmente precisam saber dos seus motivos são você, seus filhos e seu companheiro (se houver), que serão as pessoas afetadas pelas suas decisões. E quando você sair para trabalhar fora de casa (porque há que lembrar que quem fica em casa também trabalha, e muito) você sabe que está fazendo o que decidiu, sem culpaS.
Há-braços e feliz dia das crianças para aquelas pessoas que ainda sabem sorrir para a vida como as crianças sempre o fazem.
Referência Bibliográfica:
LANE, Silvia T. Maurer. O que é Psicologia Social? São Paulo: Brasiliense, 1981. 88 p.
Nossa Tati! Muito emocionante! Ser mãe é uma dádiva de Deus. Bjs
ResponderExcluirQue bom que gostou. Beijo
ExcluirTati, vc e tao inspirada!!!Amei, amei!!!
ResponderExcluirQue bom, beijo
ExcluirEu escolhi não ser mãe, e a cada dia tenho mais certeza da minha decisão. sinto pressão por isso, mas sigo meu caminho, com um sorriso no rosto. Que coisa mais linda podermos ter escolha, não? Abraços
ResponderExcluirSim! Que bom se todas percebessem que É uma escolha e assumissem como tal. Beijo
ExcluirTexto perfeito, Tati! No meu caso a maternidade chegou, eu não escolhi ser mãe naquele momento específico. Às vezes a gente acha que as nossas mães e avós exageram falando que "a vida nunca mais será a mesma". E não será. Tipo, MESMO. Não tem botãozinho on e off. Se não tivesse acontecido há quase 5 anos atrás, acho que hoje ainda estaria pensando também e, sinceramente, não sei qual caminho teria tomado!rs
ResponderExcluirTipo mesmo mesmo mesmo amiga
ExcluirMuito bom o texto. É bom ver que estamos "evoluindo" no quesito feminismo rs mas ao mesmo tempo é tão difícil se dividir em várias funções...
ResponderExcluirObrigada beijo
Excluireu admiro mto as pessoas q decidem não ter filhos, ou optam apenas por 1 depois de ver o trabalho que dá. Ter filhos não é apenas 'parir' tem tantas outras coisas envolvidas. muito bom o texto.
ResponderExcluirbeijocas
Li
http://www.criandofilhospelomundo.com/
No fim quem tem que dar conta somos nós né Li? Então quem melhor para decidir? Beijos.
ExcluirAmei, Tati! É isso mesmo. Ser mãe é para os fortes, rs! Mas é maravilhoso.
ResponderExcluirE bota força nisso!
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