DICAS PARA VIAJAR PARA A DISNEY - ORLANDO - COM BEBÊ
As dicas a seguir são de um blog que eu tinha antes, o Amigos de Fraldas (2012). Mas vou me plagiar porque sei que as dicas podem ajudar algumas pessoas por aí (também mato as saudades das fraldilhas dos amigos...)
Fomos (meu marido, meu bebê de 11 meses e eu) de viagem para Miami/Orlando. A viagem foi decidida meses antes o que ajudou muito a nos prepararmos para a maior aventura da minha vida até agora… Já mergulhamos com tubarões, já fizemos safaris, já fomos às pirâmides, mas viajar com um bebê foi a maior delas, sem dúvida nenhuma. Por mais prevenido que a gente resolva estar quando somos responsáveis por um bebê, nunca estamos, esta é a grande verdade.
O que mais senti falta em todo o tempo que tive para me preparar foi em achar informações detalhadas (bem detalhadas) sobre o que fazer porque eu não acredito em receitas prontas no que se refere à bebês. E muito menos posso me permitir decidir por outros, considerando que a "singularidade de três pessoas" (neste caso pai, mãe e filho) é impossível de igualar, achei que poderia ser legal dividir nossa experiência de forma neutra, passo a passo, para que a decisão pudesse ficar com quem está interessado em viajar e que está dedicando um tempinho para ler este post e tantos outros (como nós fizemos).
MAGIC KINGDOM |
Fazer o passaporte do bebê não pode ser considerada uma tarefa das mais difíceis mas, se a viagem for programada com antecedência, facilita muito o processo, ainda mais se for necessário pedir visto também, como foi o nosso caso.
Antes de mais nada, consulte o site da Polícia Federal para obter a lista correta de documentos, fica a dica de levar a certidão original de casamento dos pais, na lista da PF não fica clara a necessidade de apresentar este documento mas ele é necessário para tirar o passaporte (inclusive para o passaporte da mamãe mesmo que esteja apenas renovando, eu não levei e meu marido precisou ir correndo em casa buscar o documento, por sorte ele é um amor e nem reclamou).
Como o passaporte só vale por um mísero ano para os bebês de até um ano (poderia valer por pelo menos dois, né? Afinal, somos obrigadas a levar mais do que o passaporte como documento na viagem – certidão de nascimento) então, nós resolvemos marcar a data o mais próximo possível da viagem para durar mais tempo depois da volta, o que resultou em uma bobagem pois o passaporte precisa ter, no mínimo 6 meses de validade para entrar na maioria dos países e é altamente recomendável seguir esta dica básica e não se aventurar a tentar viajar com passaporte de menor validade. Portanto, fizemos esse passaporte para usar apenas uma vez na vida.
Nós tiramos a foto antes (custa bem caro) porque, além de ser pedido no site, como é dificil garantir o humor, o sono e a tranquilidade de um bebê é o mais adequado. Aconselho colocar uma blusa escura porque com o fundo branco, se a blusa for branca vai ficar muito estranho (dicas de moda de uma mãe que não entende nada de moda…).
Por último mas não menos importante, é bom sempre lembrar às pessoas que você está com bebê DE e NO colo e que a LEI No10.048, DE 8 DE NOVEMBRO DE 2000 garante a prioridade… Eu fui obrigada a lembrar várias vezes sobre a lei e, por incrível que pareça, tive até que mencionar o número da mesma, pois houve quem não quisesse me dar a prioridade, mesmo com o bebê gritando de calor (não tem ar condicionado lá, ou tem e não estava ligado).
No geral, o atendimento é bom, os funcionários são simpáticos e prestativos e, o que mais importa, o passaporte ficou pronto em uma semana conforme prometido.
Para retirar, basta um dos responsáveis estar presente. No nosso caso, a retirada foi muito rápida porque não tinha fila.
BERÇO DO AVIÃO:
Desde a decisão da nossa viagem, o que mais me preocupava era o voo. A decisão de ir até Miami não foi apenas porque gostamos dos EUA e blá blá blá... Foi também tentando ser realista, afinal, primeiro voo com o bebê, seria no mínimo muito corajoso ir até a Europa, Japão, etc. Admiro quem conseguiu, mas eu preferi o “test flight” pertinho.
barço de avião da Tam |
Quem cuidou da reserva do berço com a TAM foi meu marido. Ele ligava toda a semana para garantir que estava tudo ok. No voo há apenas dois berços e os lugares na frente desses ficam reservados para os pais. Daí a preocupação porque, se houvesse alguma confusão e a reserva do berço fosse perdida, seria uma pena (ou um desastre). O berço não serve apenas para o bebê dormir e os pais poderem fazer o mesmo, serve também para que possamos nos sentar nesses lugares que tem muito mais espaço, mas muito mais mesmo. Então fica mais fácil administrar toda a bagunça de fraldas, brinquedos, comidas, água, etc. É quase como estar na executiva, só que com preço de econômica. Os comissários fazem o teste e o bebê tem que estar de pernas esticadas lá dentro, pela sua própria segurança, portanto, tenha certeza que seu filho caberá realmente no berço conforme as regras da companhia aérea.
O QUE LEVAR NO VOO:
Sobre o que levar... TUDO o que você acha que vai usar e mais um pouco. É melhor estar prevenida. Nada é demais quando se está em um lugar que não dá para sair e comprar o que precisa. No nosso voo as outras mães eram super simpáticas e se ajudavam emprestando cotonetes, leite, papinhas, mas não dá para viajar contando com a boa vontade de outras pessoas, né? Aqui vai uma lista do que eu acho necessário, mas cada um deve saber o que não pode faltar para o seu bebê, é claro:
LEITE (melhor se for separado em duas latinhas, porque se uma cair você fica sem), ÁGUA DE GARRAFINHA (tem água no avião, mas não custa ter a sua e não precisar pedir e esperar), MAMADEIRAS (pelo menos duas, para usar com outro líquido se não conseguir lavar a que usou para o leite, no caso de turbulência, por exemplo), FRALDAS (pelo menos 8 no voo para Miami), LENÇOS HUMEDECIDOS, FRALDINHAS DE LIMPAR A BOCA, ÁLCOOL GEL EM UM FRASQUINHO PEQUENININHO (não tem como ir lavar as mãos cada vez que você precisa fazer o leite, pegar comida, etc), LENÇOS DE PAPEL, DUAS COBERTINHAS LEVES, DOIS BODIES, UM CASACO, DUAS CALÇAS COM PEZINHO (meias serão perdidas com certeza), TRES CAMISETAS (pelo menos uma de manga comprida), BISCOITO DE POLVILHO (não faz tanta sujeira e distrai o bebê), REMÉDIOS HABITUAIS E ESSENCIAIS (os não essenciais leve na outra mala para não ter que carregar itens desnecessários no voo), BRINQUEDINHOS (mas não muitos e nenhum barulhento), PACIÊNCIA, PACIÊNCIA E MAIS PACIÊNCIA.
O nosso voo teve parada em Manaus. Quando compramos as passagens achei horrível, mas no fim foi bem legal ter parado, esticado as pernas, deixado o bebê engatinhar um pouco, brincar e se cansar para seguir viagem. Depois da parada e das brincadeiras ele acabou dormindo o resto do voo, então foi ótimo.
O voo foi uma grande surpresa para mim, tanto na ida como na volta, todos os bebês do voo pareciam tranquilos, sem grandes episódios de choros e gritos. Talvez aquele barulhinho de turbina seja uma canção de ninar para os bebês...
O QUE FAZER?
1. MAGIC KINGDOM: super adequado para bebês. O “parade” é imperdível, contagiante, foi lá que tirei a foto acima. O parque é perfeito para passear com um bebê, tem muitas cores e a comida do restaurante Liberty Tree Tavern é super legal para os pequenos. Aproveitando o “gancho” sobre restaurante, o Luiz Felipe com 10 meses já estava comendo papinhas/sopinhas e na viagem começou a comer comidinhas, ficamos muito felizes com o progresso. Todos os restaurantes que fomos estavam preparados não só para receber crianças, mas como para atendê-los com comidas especialmente feitas para eles, cadeirão e atendestes super legais.
2. ANIMAL KINGDOM: no dia em que fomos a parque (que era dia das mães) nós chegamos a entrar no parque mas nem aproveitamos porque percebemos que o Luiz Felipe estava com febre. Resolvi contar aqui sobre o parque porque é nessas horas que podemos perceber se um lugar está preparado ou não. Fomos à enfermaria e fomos muito bem atendidos. A enfermeira mediu a temperatura e, ao perceber que ele estava com febre nos indicou muitas opções de clínicas e hospitais para ir e nos indicou como pegar o valor da entrada do parque de volta. As explicações foram claras e úteis. A devolução (em forma de bilhete para retornar outra vez ao parque) foi rápida como deve ser no caso de uma emergência. Portanto, nós não aproveitamos o parque, mas voltaremos porque parecia estar realmente preparado para atender o público. (OBS: voltamos no ano seguinte 2013 e entramos com esse ticket)
3. OUTLETS: péssimo programa com bebê (e acho que com crianças deve ser também). As lojas são geladas e fora é um calor. O choque térmico é ruim até para nós, adultos, imagine para um bebê… Acho que foi uma das razões que o pitoquinho ficou doente (precisou até tomar antibiótico). Se você puder, deixe o bebê no hotel com o marido e programe um dia de compras. Vá sozinha que você vai comprar tudo mais rápido e sem expor bebê ao cansaço de um programa “necesário” para quem vai aos EUA…
4. SHOPPING CENTERS, MALLS: há algumas áreas dentro do mall que fomos que são de carpete e é possível engatinhar sem acabar com os joelhos do bebê. Na praça de alimentação tem outra parte para engatinhar e brincar. Mas não esqueça do casaco do bebê. O ar condicionado é muito gelado.
5. TROCAR FRALDAS: a primeira coisa que você deve comprar, se é que já não possui, é um trocador de fraldas (changing station) portátil e um kit de lencinhos humedecidos com álcool. Em todos banheiros tem trocador de fraldas mas nenhum se compara ao luxo brasileiro. Eles são, na sua grande maioria de plástico e é bom que você tenha os lencinhos para limpar antes de colocar o bebê (normalmente você vai encontrar sujo porque outras mães deixam para outras limparem). É mais higiênico se você tiver este trocador portátil.
6. SEA WORLD: a alimentação é péssima, tentamos ir no restaurante do aquário de tubarões e uma cliente vomitou na entrada do restaurante, onde os clientes esperavam para ser chamados. Nenhum funcionário ajudou a cliente que ficou ali morrendo de vergonha com a boca suja. E demorou um tempão para limparem o cheiro de vômito. Fomos comer em um fast food, mas achamos bastante sujo. Portanto recomendamos que este programa seja feito depois do almoço, para não precisar comer no parque. (Hoje - 2014 - eu não voltaria a esse parque porque acho que o programa de ver pobres animais nadando em círculos em uma piscina é muito cruel - ver documentário Black Fish).
7. DISNEY BOARDWALK: super bom passeio. Dá para sentar na grama e deixar o bebê engatinhar, tem lojinhas e vários tipos de comida. Um programa super tranquilo, dá para pegar um solzinho.
disney Boardwalk |
8. CINEMINHAS 3D NOS PARQUES: fizemos a tentativa e achamos o máximo. Fomos em todos que conseguimos e queríamos repetir. Muito legal.
9. MIAMI – CHILDREN’S MUSEUM: muito legal. A maior parte do museu é para criancas, mas tem até uma parte só para bebês. Ficamos horas lá. Muitos bom MESMO.
10. SEGURO VIAGEM/SAÚDE BEBÊ: sempre achei bobagem fazer o seguro de viagem mas com o bebê foi essencial. Na clínica que fomos só a consulta era US$350 (uns R$750,00), fiquei pensando se precisasse de exames e outros procedimentos mais caros... A partir de agora vou fazer sempre.
Já se passaram dois anos e tantos meses desde essa viagem, mas relendo as dicas acredito que são todas muito "frescas" ainda para quem tem baby. Para ver dicas alternativas off Disney clique aqui
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