PARA BEM VIAJAR DE AVIÃO COM BEBÊS E CRIANÇAS EM TREZE PASSOS
MEDO! Esta é a palavra que define o que os pais sentem ao pensar em viajar pela primeira vez com seu filho em avião por longas horas. Não importa se estamos levando um bebê ou uma criança, a emoção da primeira viagem de avião inclui um frio na barriga, sim! Acho que o preocupante seria não sentir esse medinho do bem...
O medo nos protege das muitas variáveis que vão surgindo e que, se não tivermos o temor necessário para estarmos preparadas, só nos resta chorar com o bebê lá nos tantos metros de altitude sem acesso a nada. O medo nos leva a buscar textos como este, que você está lendo, e outros, a fim de estar munida de todos os artículos e que, no final, quando tudo der certo, você vai até rir da imensa tralha que levou e dos tantos dias que se afligiu, mas que, se algo der errado, vai respirar aliviada por ter se antecipado àquilo tudo que pode acontecer quando se trata de pessoas tão pequenas em um momento tão novo. Portanto, não tenha medo de ter medo! O medo protege.
Viajar de avião com pitoquinhos demanda uma preparação para o tsunami torcendo para encontrar um mar de rosas. E, em assim sendo, preparei esta lista de coisas que nós fazemos. Devem existir mais um milhão de coisas que outras pessoas fazem e que devem ser muito boas também, mas estas são as que eu recomendo para um voo feliz... Se você souber de mais algumas, me conta que aumentamos nossa lista com prazer.
1. o mais importante da nossa lista: LEVAR AO MÉDICO, OTORRINO, PEDIATRA, POSTO DE SAÚDE, enfim, levar seu filho, de qualquer idade dois dias antes do voo a um especialista que possa conferir olhos, nariz, ouvido e garganta. Ponto em foco: o ouvido!!! Se o ouvido estiver bem, há enormes chances de um bom voo. Por que dois dias antes? porque se estiver entupido, dá tempo do medicamento começar a fazer efeito e curar o que poderia resultar em uma dor insuportável no voo. Uma vez estava achando esta minha dica uma bobagem, mas levei mesmo assim. Nosso filho teve que tomar antibiótico, fazer inalação, etc. Por sorte faltavam os dois dias para a viagem e deu tempo de melhorar um pouco. Nem imagino como seria se eu não tivesse levado o pequenino ao médico com aquele ouvido tampado...
2. TOMAR, MASTIGAR, COMER algo na subida (decolagem) e na descida (pouso). O bebê pode tomar mamadeira, você pode mastigar um chiclete, a criança pode comer uma bolachinha, tomar um suquinho com um canudinho bem apertando para fazer força para sugar. Por isso, antes do voo, segure a vontade de encher a pança do pequerrucho, porque na hora "H" ele não vai querer comer ou beber. (também já cometi esse erro e na hora do voo nem se eu oferecesse o doce mais doce do mundo ele queria)
3. BERÇO DO AVIÃO PARA BEBÊS: este item eu usei e abusei e, para quem tem bebês, não deixe de tornar este item um ponto importante da sua viagem. Ligue todos os dias da semana que antecede o voo para garantir que está tudo ok. No voo há apenas dois berços e os lugares na frente desses ficam reservados para os pais. O berço não serve apenas para o bebê dormir e os pais poderem fazer o mesmo, serve também para que possamos nos sentar nesses lugares que tem muito mais espaço, mas muito mais mesmo. Então fica mais fácil administrar toda a bagunça de fraldas, brinquedos, comidas, água, etc. É quase como estar na executiva, só que com preço de econômica. No blog da TAM, por exemplo, é informado que o berço serve até 3 anos e 75 cm, mas é quase impossível que uma criança de 3 anos tenha apenas 75 cm, então, se deseja viajar e aproveitar a maravilha do berço, vá antes do seu bebê ter mais de 75cm, depois eles não deixarão você usar o berço de forma alguma, nem adianta reclamar. Os comissários fazem o teste e o bebê tem que estar de pernas esticadas lá dentro, pela sua própria segurança.
4. leve TODAS COMIDAS E BEBIDAS que seu filho ama! O voo não é hora de ensinar a comer brócolis e a tomar um suco de alface. Agora é hora de liberar petiscos que seu filho gosta. Mas tampouco exagere na gordura... Tem muitos petiscos deliciosos e integrais que não vão dar um enjoo horroroso. Os petiscos saudáveis, iogurtes e bebidas ajudam a passar o tempo em um voo longo, além de auxiliar na abertura dos ouvidos. Não se preocupe com "pode ou não pode" levar no voo. Leve tudo o que quiser. Na hora de embarcar eu nunca tive problema quando deixava claro que era para meu filho. Não custa dizer que seu filho só come aquela marca e que vai ser um desastre se não estiver disponível mesmo que isso não seja a maior das verdades... Uma vez o nosso avião ficou parado por mais de três horas em solo (era originalmente um voo curto de uma hora). Se eu não tivesse os lanchinhos para meu filho, não sei o que faria, pois não tinha mais nada no avião. Nem água.
5. CAMINHAR muito pelo aeroporto antes do voo por mais cansada que possa estar. Quando meu filho era bebê eu deixava engatinhar. Evite que seu filho durma um sonão antes do voo. Se ele chegar cansado na hora da decolagem e dormir com aquele barulhinho de avião, você poderá até ver um filminho ou dormir um pouco também.
6. LEVAR BRINQUEDOS silenciosos! Por favor. Nada pior do que crianças (e adultos) com jogos barulhentos no voo, estressa até quem está jogando, por menos que perceba. Mas leve algo novo. Ou esconda por uns dias o brinquedo preferido de seu filho e na hora do voo entregue à ele. Ele vai adorar o reencontro e vai associar a viagem com algo prazeroso.
7. peça para a pediatra de seu filho te ajudar a montar uma CAIXINHA DE PRIMEIROS SOCORROS. Ninguém melhor do que a própria médica do seu filho para saber o que ele pode tomar. Leve tudo, para todas as possíveis possibilidades. Uma vez não levei tylenol baby e o pitoco ficou doente e vomitava todos os antitérmicos que receitaram no exterior. Foi um caos. Aprendi com meu erro (again). Na hora da doença, seu filho não quer experimentar um xarope de uma fruta exótica que tem lá sei aonde, né? Aproveite e veja se tem as vacinas em dia e leve uma cópia da carteira de vacinação. Se precisar levar ao médico no lugar de destino, é bom mostrar as vacinas que tem.
8. marque seu assento NA JANELA. Muitas vezes, com a correria da viagem, vamos saber onde sentamos só na hora que já sentamos... A janelinha é uma distração para as crianças e para você. Vale a pena gastar um tempinho marcando seu assento lá e longe do banheiro! Às vezes o odor do banheiro enjoa. Fique longe.
9. faça UM SEGURO SAÚDE se o lugar para o qual você vai é caro e seu plano não atende. Faça uma pesquisa. Às vezes sai mais cara uma consulta com pediatra no exterior do que o plano de saúde para a viagem. Há empresas que fazem isso rápido e no próprio aeroporto. Nós sempre fizemos e aproveitamos que já estava segurado para levar ao pediatra dois dias antes da volta. Garantindo que o ouvido estava livre para voar.
10. o que mais levar no voo: PACIÊNCIA e tudo o que você acha que vai precisar e um tanto mais... Nada é demais quando se está em um lugar no qual não dá para comprar nada. Muitas vezes encontrei mães que se ajudavam emprestando coisas e eu já emprestei também, mas nem sempre há outras mães e pais no voo. Aqui vai a nossa lista, que já tinha publicado antes, mas que acho pertinente repetir:
LEITE EM PÓ (melhor se for separado em dois potes, porque se um cair você fica sem), SUCOS, IOGURTE, ÁGUA DE GARRAFINHA (tem água no avião, mas não custa ter a sua e não precisar pedir e esperar), MAMADEIRAS (pelo menos duas, para usar com outro líquido se não conseguir lavar a que usou para o leite, no caso de turbulência, por exemplo), FRALDAS (pelo menos 8 em voos longos), LENÇOS HUMEDECIDOS, FRALDINHAS DE LIMPAR A BOCA, ÁLCOOL GEL EM UM FRASQUINHO PEQUENININHO (não tem como ir lavar as mãos cada vez que você precisa fazer o leite, pegar comida, etc), LENÇOS DE PAPEL, DUAS COBERTINHAS LEVES, UM CASACO, DUAS CALÇAS (meias serão perdidas com certeza), TRES CAMISETAS (pelo menos uma de manga comprida), BISCOITO DE POLVILHO (não faz tanta sujeira e distrai o bebê), REMÉDIOS HABITUAIS E ESSENCIAIS (os não essenciais leve na outra mala para não ter que carregar itens desnecessários no voo), BRINQUEDINHOS, PACIÊNCIA, PACIÊNCIA E MAIS PACIÊNCIA.
11. MOCHILA, MALINHA DE RODINHAS DA CRIANÇA. Desde que meu filho aprendeu a usar mochila, ele leva a dele no voo. Acho importante ensinar que cada um deve ser responsável por suas coisas. Ele faz a própria "mala" e fica responsável todo o tempo por suas coisas (que são só brinquedos, porque é isso que ele coloca na mala dele). Mas o que importa é que ele sabe que deve se responsabilizar pelo que escolheu levar e por carregar suas coisas.
12. o CARRINHO DO BEBÊ pode e, na minha opinião deve ser levado até a porta do avião. Você entrega diretamente para a pessoa que estiver ali na porta do avião e vai pegar assim que sair. Porque se você despacha, tem que ficar esperando o carrinho, corre o risco de perder e, a pior parte, pode ter que carregar toda a tralha e mais o seu filhote no colo. Já cometi este erro de despachar também e nunca maisssssss (derramaram gasolina no carrinho e no destino passamos duas semanas na função do reembolso do carrinho, um desastre). Mesmo que você prefira que seu filho caminhe, como eu sugeri no item 5, o carrinho vai servir para colocar todas as outras bugigangas que levamos em viagens com bebês. Serve de porta cacarecos. Agora, meu filho com 3 e tantos anos, já não uso mais carrinho porque ele se recusa a subir, mas se ele ainda amasse seu carrinho, eu levaria sem dúvidas.
13. Agora, o item mais importante: aproveite, curta, se divirta com seu filho. Vocês são pais e esta viagem deve unir vocês como família mais ainda. É uma oportunidade de se conhecerem melhor, de se respeitarem como seres tão diferentes mas com tantas coisas boas em comum, a começar pela viagem que irão começar.
Boa viagem e não esqueça que o seu filho também faz parte dela. Portanto, inclua programas e momentos de criança/bebê na agenda.
E, se o seu cachorrinho vai junto, clique aqui para ver as dicas para ele viajar bem também.
Links para outros sites com boas dicas de viagem com bb/criança:
Mãe Dondoca em NY
Viajando com Pimpolhos
Viajando com Palavras
GNT
Boa viagem e não esqueça que o seu filho também faz parte dela. Portanto, inclua programas e momentos de criança/bebê na agenda.
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